(Zach Ladner - Brussels in the rain)
chuva encharca o chão e as lágrimas lavam dores e amores
recanto o canto da lenta agonia que cada gota espalha
revejo a vida em rios perdida, a vida em vales sulcada
montanhas abaixo cada sonho esvaído, cada sonho
e tudo o que eu quero - agora que não mais espero -
é tornar-me lago na espessa planície de terra e fogo
saldar os erros e passar a fogo cada logro, cada jogo
não jogado na mesa de bacará, sentar à beira da estrada
carpir o vento e soprar as águas passadas e futuras
deixar que venha a chuva tropical cobrindo charcos
inundando vales, tornando rios lagos repletos
e enfim calado, graveto a rolar, deixar-me levar
e afinal acabar meu dias no mar terminal
6.5.2015
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