(Guennadi Ulibin)
Refúgio
Se fico bêbado pelas esquinas
e os cães me lambem a boca,
do nojo ao certo em ti me encontro;
se me ralo nas pedras das ruas,
se me atropelam os ônibus da vida,
se sofro, se choro, se me desespero,
em teus braços o refúgio derradeiro
encontro para novos embates;
se me desprezam ou me cospem,
se partem meu coração em átomos de dor,
se me tornam vil e mesquinho,
em teu corpo, em teus olhos me purifico
desejando um dia merecer todo esse carinho;
e tu me vês sempre a sofrer,
fazendo-te sofer ainda mais:
sou aquele que sempre volta,
como um cão vadio à procura de dono,
à casa em que me esperas limpa e doce
para purgar os crimes de que não fujo,
para tornar-te uma vez mais
a parceira de negros tormentos
de minha alma louca e sem sossego.
Refúgio
Se fico bêbado pelas esquinas
e os cães me lambem a boca,
do nojo ao certo em ti me encontro;
se me ralo nas pedras das ruas,
se me atropelam os ônibus da vida,
se sofro, se choro, se me desespero,
em teus braços o refúgio derradeiro
encontro para novos embates;
se me desprezam ou me cospem,
se partem meu coração em átomos de dor,
se me tornam vil e mesquinho,
em teu corpo, em teus olhos me purifico
desejando um dia merecer todo esse carinho;
e tu me vês sempre a sofrer,
fazendo-te sofer ainda mais:
sou aquele que sempre volta,
como um cão vadio à procura de dono,
à casa em que me esperas limpa e doce
para purgar os crimes de que não fujo,
para tornar-te uma vez mais
a parceira de negros tormentos
de minha alma louca e sem sossego.
15.4.93
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