(Guennadi Ulibin)
Vento
Vem um vento frio,
frio como a morte:
sopra fraco do passado
a trazer ao peito meu
uma fria e fina angústia...
Vem o vento e aumentam mais um pouco
as dores, dilemas e fatos
que não deviam mais voltar
e meu peito se estufa de mais angústia...
E o vento sopra como um tufão,
a vergar meu coração-palmeira-encrespada,
a trazer uma grande dor que parece infinita...
Da procela no olho vesgo,
abro um pouco meus próprios olhos
e vejo ao longe outras palmeiras
já quebradas e arrastadas ao vento forte...
Só me sinto em meio ao tufão,
já meu coração prestes a parar,
mas na última rajada, definitiva,
encontro em minhas raízes a força maior.
Machucado, arranhado, alquebrado,ergue-se aos poucos meu coração-palmeira,
ao ver um raio fino e frágil de luz
que, em meio à treva, me vem dos olhos seus.
Vento
Vem um vento frio,
frio como a morte:
sopra fraco do passado
a trazer ao peito meu
uma fria e fina angústia...
Vem o vento e aumentam mais um pouco
as dores, dilemas e fatos
que não deviam mais voltar
e meu peito se estufa de mais angústia...
E o vento sopra como um tufão,
a vergar meu coração-palmeira-encrespada,
a trazer uma grande dor que parece infinita...
Da procela no olho vesgo,
abro um pouco meus próprios olhos
e vejo ao longe outras palmeiras
já quebradas e arrastadas ao vento forte...
Só me sinto em meio ao tufão,
já meu coração prestes a parar,
mas na última rajada, definitiva,
encontro em minhas raízes a força maior.
Machucado, arranhado, alquebrado,ergue-se aos poucos meu coração-palmeira,
ao ver um raio fino e frágil de luz
que, em meio à treva, me vem dos olhos seus.
21.8.92
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