16 de abr. de 2018

a bunda, essa intocável










já tantas vezes a cona

da dona eu comi

e não a bunda da dona

porque, minha querida,

em tantas festas na cama,

o teu em meu corpo enroscado,

tua boceta por minha língua lambida,

meu pau por tua boca chupado,

amantes por tempo sem pejo,

no entanto, sempre me negas o desejo

que em mim está sempre alerta

do fruto perfeito e redondo

que tanta cobiça a todos desperta!



se já tantas vezes a cona

da dona fodi,

por que outras tantas

não pudeste me dar

o que muitas vezes te pedi?



não sofro pela bunda intocável,

fechada com todas as pregas,

que, se isso é trauma, é superável,

mas sofro por ver que não me entregas

um tesouro encontrável sem mapa,

sem motim, sem lutas, sem trilhas

em longínquas e misteriosas ilhas,

encontrável por qualquer pirata,

um tesouro tão à vista e tão falado

que o dia em que resolvas doá-lo

que seja para o maior regalo

desse mísero amante incansável



e então, querida, receio que ao fim

desse tempo de espera que me acanha

não mais obtenhas de mim

todo o prazer de tão doce façanha



se a dona tantas vezes comi,

por que ainda me negas

esse fruto tão cobiçado?

carpe diem, solta as pregas,

que isso nunca a ninguém

algum dia já fez mal,

que bunda todos têm

mas só a tua contém

a não esperada nem desejada,

a temida placa fatal:

curvas perigosas,

estrada interditada!



3.2.2016



Nenhum comentário:

Postar um comentário