Hoje quero escrever à moda antiga
Um soneto com versos mais perfeitos,
Para que em decassílabos vertida
Seja a paixão e eu ganhe por meus feitos
Todos os galardões de uma conquista
Em que me obriguei a engaiolar
Minha musa antes livre pela pista
E agora presa e triste a lamentar.
Não me importa, no entanto, quanto pranto
Possa ela derramar, se no terceto
Final fizer vibrar com o meu canto
O motivo que guardo e tanto clamo:
No derradeiro verso do soneto,
Dizer a todos quanto eu inda te amo!
12.9.2018
(Ilustração: Nicoletta Tomas Caravia)
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