para c.m.j.m
o vento que vem e vai levanta o véu do passado
um tempo de encontros e desencontros
quanto te amava sem poder te amar
quando me amavas entre lençóis e mistérios
num cenário de garoa e ambições perdidas
éramos os dois um único desejo de espanto
a driblar o interdito em quitinetes de sonho
tu bailavas sobre o meu peito a tua nudez
e nossos sonhos somados eram os novelos
de nossos corpos sadios de jovens loucos
que o rio da vida levaria para diferentes plagas
deixando em minha boca o sabor do interminável
11.12.2019
(Ilustração: Leonid Afremov)
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