(Gustave Caillebotte)
dorme a noite
aos raios da lua
dorme a amada
em mim enroscada
toda calma
toda nua
os lábios a sibilar
aos meus ouvidos
cantigas de ninar
os seios
em meu peito a arfar
o ventre úmido a roçar
meu ventre
meu sexo
lá fora estrelas eternas
brilham menos ao luar
sonhos de delícias
que eu não posso imaginar
a amada em meu leito
com seu jeito de luar
ah, a amada minha, a noite
que foi feita para sonhar
à luz do luar e ao açoite
do vento sul
do vento frio
e nessa noite, ó amada, oh sim
quem me dera se assim fosse
quem me dera se fosse assim
18.6.2016
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