(Guennadi Ulibin)
Menino triste
Retorno ao tempo que já não há,
escuto em mim o eco de passos mortos.
Na noite inútil o vento passa
a tingir de azul o manto estelar.
Sonho os sonhos do porvir
à luz tênue de velas a queimar.
Sou dono de mim nesse momento extremo
em que às notas míticas de uma canção
transporto a dor de meu futuro incerto.
Não cantam grilos ao pé do mandacaru,
não nascem flores nos ramos da mangueira,
não rola a bola a tecer enigmas
no campo atrás da casa improvisado,
só o silêncio ampara a angústia,
só o desejo desperta a emoção,
e o menino triste contempla a si
na solitária cama da noite triste.
Passam fantasmas, fantasmas rotos
de sonhos mortos.
E o tempo que promete a vida
para um instante para travar o grito
de um futuro há muito não realizado.
Menino triste
Retorno ao tempo que já não há,
escuto em mim o eco de passos mortos.
Na noite inútil o vento passa
a tingir de azul o manto estelar.
Sonho os sonhos do porvir
à luz tênue de velas a queimar.
Sou dono de mim nesse momento extremo
em que às notas míticas de uma canção
transporto a dor de meu futuro incerto.
Não cantam grilos ao pé do mandacaru,
não nascem flores nos ramos da mangueira,
não rola a bola a tecer enigmas
no campo atrás da casa improvisado,
só o silêncio ampara a angústia,
só o desejo desperta a emoção,
e o menino triste contempla a si
na solitária cama da noite triste.
Passam fantasmas, fantasmas rotos
de sonhos mortos.
E o tempo que promete a vida
para um instante para travar o grito
de um futuro há muito não realizado.
14.7.94
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