instável o equilíbrio do ser diante da vida
nada é aquilo que devia ser ou nada parece
aquilo que devia parecer e segue a girar
a esfera em torno de si mesma enquanto
os seres humanos se estiolam em espirais
que levam ao caos e ao desalento profundo
na noite eterna de estrelas já mortas
os olhos humanos não buscam campos
de girassóis durante solstícios de verão
queimam-se energias díspares e os ventos
que sopram das gélidas montanhas
redemoinham nas mentes tortas em serpentinas
de frágeis anseios que nunca se realizam
7.3.2018
(Ilustração: Paul Bond - A Delicate Perch)
Nenhum comentário:
Postar um comentário