23 de mai. de 2018

fruta







sabe a vento 

a fruta negra ao galho presa 

sabe a cheiro de mato 

a cheiro de riso 



e só ela sabe 

do belo que contêm 

a negra forma 

o redondo olho 

de doce prazer 

que explode no céu 

no céu do sabor 

em orvalho de mel 



sabe a sucos 

que só se revelam 

no último êxtase 

e o mel que escorre 

sabe a rios que correm 

nas babilônias 



sabe a vento 

a vento de Minas 

a negra filha 

que d’África não veio 

a negra fruta 

da jabuticabeira


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