17 de mai. de 2010

POEMAS DO MUNDO: fractais 8


(Antônio Bandeira)



fractais em braile
ao cego destino
conduzem
fractais em telas
à extrema visão
desdobram
fractais em vidro
ao doce perfume
reduzem
fractais
em notas
à eterna sinfonia
repetem
fractais amargos
ao sábio cicuta
oferecem
e em meio à futurista festa
de mundos em delírio
afogam memórias
de arte primeva
destroem os mitos
de eternos desejos
amalgamam as mentes
à luzes e cores
da louca semente
do mundo por vir.

5.6.92

FIM

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