Quando sonho em minha mente insana
Quando sonho em minha mente insana
mil delírios de ventura e paz,
pressinto que a cada dia se desfaz
na bruma do tempo o tempo de juventude.
Se os olhos volto à marca de meus passos,
vejo apenas desesperanças
como marcas tristes de dias não vividos.
Sinais tênues que o pó dos caminhos
pouco a pouco recobre em inútil esquecimento.
Da sombra do que fui pouco resta,
pouco restará também da sombra que ainda sou.
Na busca do amor, quebraram-se os sonhos
em cristais de gelo e bruma.
Os passos que hão de vir serão apenas
os passos que marcam veredas sombrias
do ato final no palco podre da última tragédia.
mil delírios de ventura e paz,
pressinto que a cada dia se desfaz
na bruma do tempo o tempo de juventude.
Se os olhos volto à marca de meus passos,
vejo apenas desesperanças
como marcas tristes de dias não vividos.
Sinais tênues que o pó dos caminhos
pouco a pouco recobre em inútil esquecimento.
Da sombra do que fui pouco resta,
pouco restará também da sombra que ainda sou.
Na busca do amor, quebraram-se os sonhos
em cristais de gelo e bruma.
Os passos que hão de vir serão apenas
os passos que marcam veredas sombrias
do ato final no palco podre da última tragédia.
16.12.92
(Ilustração: Picasso)
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