23 de out. de 2015

um poeta de minha geração






Um poeta de minha geração (?) enviou-me

um belo soneto

com palavras complicadas

e rimas altissonantes.

Depois de várias consultas a dicionários

nada compreendi do que estava escrito.

Entreguei-o, então, à leitura

de uma jovenzinha imatura

de dezesseis anos.

- Pô! - disse-me ela.

Concordei com a exclamação

com todas as letras

da sutil observação.





Santo André 19.10.82

(Ilustração: Balthus)

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