Um poeta de minha geração (?) enviou-me
um belo soneto
com palavras complicadas
e rimas altissonantes.
Depois de várias consultas a dicionários
nada compreendi do que estava escrito.
Entreguei-o, então, à leitura
de uma jovenzinha imatura
de dezesseis anos.
- Pô! - disse-me ela.
Concordei com a exclamação
com todas as letras
da sutil observação.
Santo André 19.10.82
(Ilustração: Balthus)
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