não há fúria em meus versos
mesmo quando motivos não faltam
não é a vida calmaria em noite serena
ou luar sombreando mangueirais
gritar e berrar no entanto para quê
se os ouvidos estão sempre surdos
ao bater dos pés ao som dos tambores
curta-se a vida tão curta quanto seja
e não se espere que ela nos recompense
com o viver ameno dos pássaros em voo
que flanam aos ventos e às tempestades
ou como os peixes mudos dos oceanos
a cumprir a rotina de correntes e marés
curta-se a vida com o peso que lhe damos
e sejamos capazes de olhar para trás
e ver não só o passado que vivemos
mas também a vida que deixamos de viver
16.12.2015
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