(Igor Belkovsky)
fugidias as palavras
com que rascunho
na página em branco
o vício e alimento
de minha vida
os versos tortos
alinhavados como costura
agulha conduzindo a linha
linha a linha no cerzido
tecem os dedos cada sulco
pequenos abismos
na terra que trilhei
perdidos lamentos
estranhos desencantos
passos deixados em marcas
nas pedras do rio
as palavras soltas
as frases sem acabamento
a sintaxe frouxa
que importa?
a vida pulsa e o verso
corrige seu rumo
da vida para o nada
2.11.2015
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