23 de nov. de 2015

POEMAS DO COTIDIANO



Não queiras ser a musa





Perdoe-me, cara,
mas não queiras ser
mais do que és.
Já tens a mim e à minha vida.
Já tens meus dias, insípidos embora.
Já tens insones noites de meus sonhos vagos.
E, mais que tudo, já tens os frutos de nossa permanência.
Portanto, cara,
não queiras ser também a musa de meus versos loucos.

13.6.96

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