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Caço em mim o pássaro
casso o canto
castro o espanto
inadiável pranto
premente poema
casto verso tão diverso
do que sinto
aríete que explode
- para mim não minto -
minto apenas sobre as penas
não do pássaro que morto está
mas das penas que pressinto
fugazes mas tenazes
libertas do eito do meu peito
e casso então
para meu espanto
o doce encanto
das dores de amores
do meu coração.
17.2.92
(Ilustração: Malevich)
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